Não é ser diferente, é ser feliz!
Maioritariamente, se não diariamente, a cada dia que nasce e a cada sol que se põe, oiço bastantes vozes que me ecoam que sou diferente.
Só porque não valorizo saídas à noite, só porque não como o mesmo que eles, só porque rapidamente me coloco no meu Mundo, só porque sorrio sem razão nem porquês.
O que eles não entendem é que valorizo um passeio pela natureza, pela praia, admirando cada aragem que agita os meus caracóis e me acaricia o rosto.
Não entendem que não como carne nem peixe, nem leite ou derivados, que tenho cuidado com o que como, porque grande parte do nosso corpo reflete-se pelo que comemos, pelo que ingerimos, e por me sentir bem desta forma.
Não entendem que quando estou no meu Mundo consigo perfeitamente estar no aqui e no agora, optar pelo que quero ouvir e absorver, meditar no meio da multidão.
Não entendem que sorrio sem razão aparente, quando a razão está tão visível a olho nu: estou viva.
Se cada ser humano tem a sua individualidade, a sua identidade própria, porque há-de o conceito de felicidade ter um único significado?
Se cada um tem os seus sonhos, ambições, opiniões e valores, porque haveremos de nos comportarmos da mesma forma, da mesma maneira?
Se cada um tem uma vida, tem metas, tem objetivos diferentes porque é que existe tanto interesse em seguir os outros, em fazer o que acham socialmente aceite, em ir em modas e manias?
Alguém, tantos "alguéns", uma vez, tantas vezes, me disse, me disseram: "tu és diferente". Apeteceu-me responder: não sou diferente, sou eu mesma, sou feliz. Mas que importa? Não iriam entender.